Sustentabilidade

Atividades que empobrecem os solos chegam a US$7 trilhões de investimentos, alerta PNUMA

Atividades que empobrecem o solo chegam a US$7 trilhões de investimentos, alerta PNUMA - Fitec Tec News

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou recentemente um triste número: US$7 trilhões são investidos anualmente em atividades que trazem impacto negativo à natureza, como combustíveis fósseis e práticas agrícolas insustentáveis que podem levar ao empobrecimento dos solos.

Isso representa 7% do PIB mundial e é mais de 30 vezes superior aos investimentos em Soluções baseadas na Natureza (SbN), como a adubação verde e compostagem comunitária, a rotação de culturas e a biorremediação(uso de microrganismos ou plantas para limpar ou descontaminar áreas ambientais afetadas por poluentes).

Em contrapartida, o financiamento do setor público e privado para SbN de US$200 bilhões por ano, informa o estudo: “Os investimentos à natureza são mais de 30 vezes superiores aos para SbN, que colaboram para a manutenção do funcionamento dos ecossistemas e estabilidade climática. Para termos alguma chance de atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), esses números devem ser revertidos”, alerta Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA.

 

Urgência para proteger os solos

 

Para Edson Grandisoli, coordenador pedagógico da associação Movimento Circular, a recuperação dos solos é uma demanda urgente. “Pensar em soluções que simplesmente reduzam os impactos negativos não é mais aceitável. É preciso criar caminhos e tecnologias que garantam a regeneração daquilo que já foi perdido, seguindo um dos preceitos mais importantes da Economia Circular”, reforça.

Para o profissional, uma das saídas é a promoção efetiva da economia circular: “Umade suas principais visões é garantir que diferentes processos realizados no ciclo técnico não prejudiquem os que acontecem no ciclo biológico. Dentro desse cenário, os processos de restauração com base na circularidade podem acelerar a recuperação de diferentes ambientes e seus respectivos serviços ecossistêmicos”, arremata.

Boas práticas

 

O Shopping Curitiba, PR, implementou recentemente uma gestão para o lixo orgânico que acaba sendo produzido em sua operação. Agora, os descartes de resíduos orgânicos gerados dentro das cozinhas dos restaurantes e na praça de alimentação, são separados e destinados corretamente para a compostagem.

A ação tem parceria com a startup Composta+, que auxilia a implementação, sendo que enquanto o shopping fica responsável pela separação dos resíduos, a Composta+ coleta, transporta e trata esses resíduos. “Sabemos que temos um importante papel no desenvolvimento da sociedade e queremos ser agentes de transformação e estamos comprometidos em construir uma jornada mais sustentável e consciente entre nossos clientes, lojistas e equipes”, frisa Bruna Habinoski, gerente de marketing do shopping, ao g1.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: reprodução

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