Antes, trabalhar era visto apenas como uma função de produtividade e de lucro. Hoje, não que isso tenha mudado, porém valores além do financeiro estão na balança, como a felicidade corporativa e o engajamento das organizações em não somente se destacar no mercado, mas que esse crescimento seja consonante ao conceito ESG.
De acordo com estudo feito pela consultoria Morningstar, a pedido da Capital Reset, no Brasil, fundos ESG já captaram R$ 2,5 bilhões em 2020. Para Reynaldo Naves, sócio na OLIVIA Brasil, a sigla passou a ser um estímulo para que as empresas adotem medidas práticas em mitigar efeitos negativos de questões relacionadas a meio ambiente, sociedade e governança corporativa.
“Em alguns países, o ESG já é considerado como indicativo de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência frente às incertezas e crises. No mercado financeiro, inclusive, há a tendência – cada vez mais dominante – dos investidores que só apostam em empresas que cumprem os critérios de ESG como requisito mínimo”, escreve o executivo, em artigo ao blog da agência.
Estímulo à felicidade
Segundo outra pesquisa, esta da startup Humanizadas, mostra que 85% dos colaboradores de empresas que adotam práticas ESG estão mais felizes com as posições que ocupam no trabalho. Na visão de Rogério Baldauf, managing director na Schmersal Brasil, empresa de automação, muito embora o ESG já faça parte há muito tempo das corporações, ainda é preciso mais estímulo e vontade para a adoção de ações em prol da felicidade dos times e ao meio ambiente.
“As práticas sustentáveis das empresas também são responsáveis pela sensação de felicidade dos colaboradores, pois colocam as equipes como parte fundamental para a mudança e isso as estimulam mais, inclusive fora do ambiente de trabalho, a fazerem a diferença para o mundo. Além de pensarmos no meio ambiente e no bem-estar da comunidade, adotando essas ações, também estamos contribuindo a ambientes corporativos mais felizes. E, só temos a ganhar com isso”, conclui, em artigo ao Economia SP.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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