O Parlamento Europeu aprovou recentemente a Lei de Restauração de Ecossistemas, que estabelece metas ambiciosas como restaurar 20% das áreas terrestres e marítimas até 2030 e todos os ecossistemas até 2050.
Em matéria publicada pelo site Clima Info, grupos ambientalistas elogiaram o resultado da votação, já que a lei foi aprovada com o apoio de 329 legisladores e teve a oposição de 275. “Estamos aliviados pelos eurodeputados terem ouvido os fatos e a ciência e não terem cedido ao populismo e ao fomento do medo. Agora, esperamos que os Estados-Membros a seguirem o exemplo e a aprovarem esta lei tão necessária para trazer de volta a Natureza na Europa”, declarou em nota uma coligação composta pela Bird Life Europe, Client Earth, European Environment Bureau e WWF.
Desafios em prol dos ecossistemas
Para Rubens Benini, coordenador nacional do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e líder da estratégia de restauração florestal da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, a Lei, além de proteger a biodiversidade, tem implicações significativas para a economia e os meios de subsistência. “A restauração de ecossistemas não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de segurança alimentar, estabilidade econômica e bem-estar humano”, aponta.
Ele destaca ainda que um dos grandes trunfos é alocar recursos para implementar planos de restauração em toda União Europeia de maneira que garanta o alcance das metas almejadas, o que engloba também os interesses e diversidades de cada região do bloco.
Ainda segundo a reportagem do Clima Info, a União Europeia e seus Estados-Membros recuaram em vários planos climáticos e ambientais, por conta da pressão de protestos por parte de agricultores, que se espalhavam por todo o continente e, em alguns casos, tornaram-se até violentos.
Foto: EU EnviCommittee
