Sustentabilidade

Grupo Desensus discute os desafios reais da COP30 e quais ações podem trazer resultados necessários em nível global

Grupo Desensus discute os desafios reais da COP30 e quais ações podem trazer resultados necessários em nível global - Fitec Tec News

Em uma reunião virtual realizada, no dia 11 de setembro, o Grupo Desensus, composto por 40 membros com vasta experiência em áreas ambientais e ex-integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), debateu um dos temas mais urgentes da atualidade: a COP30. A palestra, conduzida pelo Dr. Gilberto Natalini, membro do GT COP30 da Prefeitura de São Paulo, representando a Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), destacou os desafios para a realização do evento no Brasil, considerado uma grande vitrine para as questões ambientais.

Segundo Eduardo San Martin, coordenador do Grupo Desensus, a reunião teve como foco as questões que o Brasil precisa enfrentar para garantir o sucesso da conferência, que será sediada em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. “Natalini levantou pontos importantes que precisam ser abordados antes, durante e depois do evento para que ele não se torne apenas uma formalidade sem resultados práticos”, pontuou.

 

Desafios para a COP30

 

Durante sua apresentação, o palestrante destacou a urgência de o Brasil se preparar para sediar a COP30. Ele ressaltou a importância de instituições corporativas na conscientização sobre o uso excessivo dos recursos naturais e reforçou a necessidade de ações efetivas para mitigar o aquecimento global. A palestra enfatizou a preocupação com os resíduos gerados pelo consumo humano, que contribuem para a poluição do solo, água e ar, além das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil, segundo Gilberto Natalini, ainda enfrenta grandes desafios nesse aspecto, principalmente devido ao desmatamento e à agropecuária insustentável.

Natalini compartilhou suas preocupações sobre a capacidade de Belém em sediar a conferência. Ele apontou a falta de infraestrutura e a especulação nos preços de hospedagem, que podem afastar delegações de países com menor poder econômico. Ele ressaltou, no entanto, que a conferência não será um fracasso, mas sim um evento que exige uma preparação meticulosa e uma abordagem estratégica para lidar com os desafios. A COP30, na visão do palestrante, deve ser um marco para o Brasil na discussão de soluções concretas para os problemas climáticos e ambientais.

“A COP30 não será um fracasso, mas temos que nos atentar para questões importantes. A infraestrutura de Belém precisa de melhorias, e é fundamental que o Brasil se prepare para discutir, de forma transparente, as ações necessárias para mitigar as crises climáticas. A conferência será uma oportunidade única para o nosso país mostrar que está comprometido com a agenda ambiental global”, afirmou Dr. Gilberto Natalini.

 

Importância da Economia Verde

A palestra também abordou a necessidade de o país olhar para as oportunidades econômicas que podem surgir a partir de uma economia mais sustentável a exemplo da Economia Verde. A COP30 deve ser um espaço para a discussão de novas tecnologias e modelos de negócios que conciliem o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Natalini reforçou que a crise climática é um problema global que exige uma solução global, e que o Brasil tem um papel fundamental nesse processo.

Ele ressaltou a necessidade de uma abordagem colaborativa para enfrentar as crises climáticas e ambientais. “O Brasil precisa se unir para encontrar soluções conjuntas e eficientes, envolvendo diferentes setores da sociedade”, pontuou. A COP30, para o palestrante, é uma chance de o Brasil assumir uma posição de destaque na liderança ambiental global, mostrando que está preparado para os desafios do futuro. A conferência, que reunirá líderes e especialistas de todo o mundo, pode ser um ponto de virada para o país, que, se souber aproveitar a oportunidade, poderá se consolidar como uma potência ambiental e econômica.

Para Dr. Natalini, a discussão sobre a COP30 vai muito além da sede do evento. É uma questão de planejamento, de estratégia e, acima de tudo, de comprometimento com a agenda ambiental. “O sucesso da COP30 não será medido apenas pelo número de participantes, mas sim pelos resultados concretos que serão alcançados. E, para isso, a colaboração de todos, do governo à sociedade civil, será fundamental”, concluiu.

Foto: Print de tela da reunião/reprodução

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