Com uma demanda cada vez mais exigente e acelerada, a Inteligência Artificial (IA) também desencadeia a construção célere de data centers mais potencializados e, por outro lado, unidades que sejam mais sustentáveis.
Um exemplo vem da Positivo Servers &Solutions, especializada em servidores, storages e soluções de infraestrutura de TI para negócios e serviços, que anunciou o uso de tecnologias avançadas de refrigeração, como o resfriamento líquido, menos dispendioso e mais eficiente na manutenção de temperaturas ideais de servidores.
“À medida que a IA exige mais capacidade de processamento, cresce o nosso desafio de garantir energia limpa, acessível e eficiente para abastecê-los. Também investimos no desenvolvimento de clusters exascale e na aplicação da própria IA para otimizar o consumo energético dos data centers”, comenta Silvio Ferraz de Campos, CEO da companhia.
O executivo acrescenta ainda que as plataformas desenvolvidas pela Positivo Servers &Solutions têm em seu DNA a integração com fontes renováveis, atendendo as metas ESG dos clientes, além de apoiar projetos nacionais, como o Programa de Sustentabilidade e Energias Renováveis para IA, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que estimula a criação de data centers verdes alinhados aos objetivos globais de sustentabilidade. “As operações de IA estão cada vez mais intensas em recursos computacionais, e isso exige um novo olhar sobre como equilibrar desempenho com eficiência energética”, frisa.
IA e a demanda elétrica
Como mencionado, um dos grandes desafios para o setor perpassa a eficiência energética. Pesquisas alertam que essa demanda, impulsionada por cargas de trabalho em IA e aprendizagem de máquina (machine learning) deve mais do que dobrar até 2030, enquanto as exigências por segurança cibernética, sistemas de refrigeração sustentáveis e uso inteligente de recursos energéticos também se intensificam.
Na opinião de Isabel Rando, head de soluções para indústria na Arcadis, empresa global em design, engenharia e consultoria, diante desse cenário, a empresa propõe um novo modelo sustentável, baseado em dados e alinhado às exigências e resiliências que o mundo atual desponta. “A demanda crescente por infraestrutura digital mais limpa impulsiona a revolução nos data centers. Apoiamos nossos clientes na construção de soluções mais eficientes, preparadas para o futuro e com menor impacto ambiental. Nosso approach considera toda a cadeia; desde a conexão elétrica e fornecimento de água até o uso inteligente e eficiente da energia e da fibra”, aponta a gestora, ao TI Inside.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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