Energia

Cidades do futuro: Como nobreaks se tornam pilares da sustentabilidade energética

Cidades do futuro Como nobreaks se tornam pilares da sustentabilidade energética - Fitec Tec News

O crescimento exponencial da energia solar no Brasil, que ultrapassou 55 gigawatts de capacidade instalada em 2025, está remodelando a arquitetura urbana e inaugurando um novo paradigma de autonomia energética. No entanto, essa evolução traz consigo uma demanda crítica: a necessidade de estabilidade e continuidade do fornecimento elétrico, um desafio que coloca os nobreaks em um papel estratégico.

“Estamos entrando em uma era em que a arquitetura urbana começa a se moldar à lógica da sustentabilidade energética”, afirma Pedro Al Shara, CEO da TS Shara, fabricante nacional de soluções de proteção de energia. “Cada vez mais, vemos prédios, residências e condomínios que geram a própria eletricidade a partir de elementos estruturais como telhados, paredes e, mais recentemente, janelas solares.”

A integração de painéis fotovoltaicos a fachadas de edifícios, conhecida como BIPV (Building-Integrated Photovoltaics), ganha escala e acessibilidade, impulsionando a geração distribuída. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), 37 GW da capacidade solar instalada no país vêm de sistemas em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais, transformando o Brasil em um dos maiores mercados solares do mundo.

O desafio da intermitência para os nobreaks

Apesar da eficiência, a energia solar é intermitente, dependendo de fatores ambientais. Dias nublados ou períodos de baixa insolação podem comprometer a geração. De acordo com a ANEEL, o Brasil registrou em 2024 uma média de 10,24 horas de interrupções no fornecimento por unidade consumidora. Em condomínios com sistemas de segurança, portarias remotas e controle de acesso, essa instabilidade pode ter sérias consequências.

Nesse cenário, os nobreaks, tradicionalmente usados para proteger equipamentos, ganham uma nova função. “O papel do nobreak não se restringe a manter os aparelhos ligados durante uma queda”, explica Al Shara. “Os modelos mais avançados estabilizam a tensão, filtram distúrbios elétricos e se integram a ecossistemas de gestão energética inteligente, protegendo tanto os dispositivos quanto os inversores solares.”

A Agência Brasil (2025) aponta que a energia solar já representa 22% da matriz elétrica do país. Com a expectativa de adicionar mais 19 GW de capacidade solar neste ano, segundo a SolarPower Europe, a demanda por soluções que garantam a qualidade e a segurança da energia gerada se torna ainda mais urgente.

A cidade do futuro está sendo construída com base em escolhas que priorizam a continuidade e a resiliência. A integração entre a geração solar e a infraestrutura de proteção elétrica, como os nobreaks, é essencial para que a inovação seja duradoura e segura. “A inteligência energética se revela não apenas na produção, mas na capacidade de manter tudo funcionando — mesmo quando a luz, o clima ou a rede pública não colaboram”, concluí Al Shara.

Foto: TS Shara/Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *