A vida nas grandes cidades muitas vezes impossibilita um contato importante entre nós e a natureza: a observação de estrelas. E isso é comprovado em números, pois uma pesquisa divulgada pela CNN apontou que a observação astronômica, que podemos chamar de Astroturismo, tem sido prejudicada nas últimas décadas por conta da chamada poluição luminosa, aumentando em 9,6% ao ano de 2011 a 2021.
Muito embora o cenário seja desafiador, a promoção de atividades como o astroturismo ganha notoriedade. A modalidade engloba observatórios, guias astronômicos e oficinas de fotografia noturna. Conforme a New Scientist Discovery Tours, especializada em turismo astronômico, pacotes já lançados para eclipses solares de 2026 e 2027 ultrapassam 1,6 mil reservas.
No Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por meio do Parque Estadual da Pedra Selada (PEPS), promoveu o I Encontro de Astroturismo da unidade de conservação em Visconde de Mauá, voltado a turistas, alunos e moradores da região, que conferiram palestras técnicas e educativas e uma trilha interpretativa.
No quesito imagens, o curso de astrofotografia foi ministrado por astrônomos do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em que foi possível observar manchas solares, planetas, estrelas e constelações. “Tal evento demonstra o potencial da unidade como polo de educação ambiental e turismo sustentável, promovendo a conexão com a natureza e o universo sob o céu privilegiado de Visconde de Mauá”, comenta Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do RJ.
Imersão ao Astroturismo
A imersão é o foco principal no astroturismo, com destinos excelentes para integração. Um deles é Chapada dos Veadeiros, GO, a 235 km de Brasília (DF), considerada ideal para atividade e ocupa o primeiro lugar nessa categoria no IASTRO, índice que avalia o potencial ao exercício do turismo relacionado aos astros em parques nacionais.
De acordo com reportagem da Agência de Notícias CEUB, o astroturismo é uma forma de conscientização sobre os impactos da poluição luminosa em todo o ecossistema.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Ascom – Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade RJ
