Conhecido pelo solo e prolongados períodos de estiagem, o semiárido brasileiro enfrenta uma batalha secular de combate à seca e com soluções hídricas, a população local está sendo resiliente e colhendo bons resultados.
Um deles tramita no Senado: a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou neste mês o relatório do senador Rogério Marinho (PL-RN) ao Projeto de Lei 5350/2023. A proposta, de autoria do deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB), reforça a atuação do poder público nesse enfrentamento, por meio da atualização da Política Nacional de Combate à Desertificação (Lei 13.153/2015).
Segundo o texto, que segue para análise, prevê a utilização de programas emergenciais e cria linhas de financiamento para recomposição da pequena produção familiar e comunitária. Essa medida garante a segurança hídrica e alimentar e reduz os impactos econômicos da estiagem nas regiões, o que inclui a Operação Carro-Pipa como instrumento oficial da Política.
Soluções hídricas e água para todos
No Ceará, 20 comunidades do sertão do Cariri foram beneficiadas com oito novos sistemas de abastecimento de água instalados ao longo dos canais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), que passa pelo estado, além de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR), inaugurou as estruturas durante cerimônia na Estação de Tratamento de Água de Palestina do Cariri, distrito da zona rural do município de Mauriti, CE, em junho.
“A gente tem que aumentar a infraestrutura, o bombeamento, cuidar da fonte, que é o Velho Chico, aí sim nós podemos ter mais água para pisar o pé no acelerador do desenvolvimento. Se tiver mais água, tem crédito, tem produção, tem geração de renda e têm desenvolvimento humano, social, econômico”, observou o ministro.
Entre perfurações e iniciativas
Ações de empresas privadas também estão levando água nesses territórios. É o caso da a Engeper Ambiental e Perfurações, com 45 anos de expertise em perfurações e mais de 25 anos de implantação de equipamentos de Eletrodiálise Reversa (EDR), proporcionando até 95% de reaproveitamento da água tratada e 99% de remoção de sais e condutividade.
Uma das ações é o Engeduca, que leva conhecimento sobre descarte consciente e preservação hídrica para crianças e adolescentes,utilizando os chamados “Tubos do Tempo”, um recurso visual e tátil que ilustra os impactos do lixo no meio ambiente como ferramenta de conscientização em escolas e comunidades.
Trata-se de tubos de acrílico e bases de metal para expor materiais de descarte comuns, revelando o alarmante tempo que cada um deles persiste no meio ambiente. “Acreditamos que o futuro está na responsabilidade compartilhada e,por isso, buscamos integrar nossas ações aos ODS da ONU, especialmente os ligados à água limpa, bem-estar, cidades sustentáveis e inclusão social”, comenta Lorena Zapata, diretora de Novos Negócios e Sustentabilidade da empresa.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Adalberto Marques/Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR)
