Sustentabilidade

Produção de cafés especiais se alicerça em técnicas ambientalmente resilientes

Produção de cafés especiais se alicerça em técnicas ambientalmente resilientes - Fitec Tec News

Quando sorvemos um bom café, muitas vezes não temos a noção do caminho feito do plantio à xícara. Porém, essa trilha está sendo divulgada e trabalhada, especialmente quando o assunto é cafés especiais e pautados no conceito ESG.

Um case vem Guima Café, que comemora duas conquistas: o uso do biochar, tecnologia já falada aqui no Portal TECNEWS, que melhora a fertilidade do solo e captura carbono, e a implantação de um programa de alfabetização a trabalhadores rurais, na Fazenda São Mateus, em Varjão de Minas.

A primeira busca regenerar solos, aumentando a produtividade e a redução da emissão de gases de efeito estufa. “Estamos integrando tecnologia e sustentabilidade de forma prática. O biochar é um caminho viável para uma agricultura mais limpa, com benefícios ambientais mensuráveis e retorno direto na qualidade do solo e da produção”, afirma Bruno Sampaio, diretor do Guima Café.

Já a questão social é a parceria com o Instituto Marina e Flávio Guimarães (IMFG), do Grupo BMG, no projeto de alfabetização, oferecendo aulas regulares de leitura e escrita dentro da própria fazenda, ministradas por educadores locais. “Ao dar acesso à leitura e à escrita, abrimos portas a esses trabalhadores se reconhecerem como cidadãos plenos e tenham novas perspectivas dentro e fora da lavoura”, arremata o gestor.

Toque amazônico nos cafés

O setor de cafés pelo Brasil se aprimora no tema: a Amazônia Agroflorestal, empresa responsável pela comercialização e assessoria técnica do Café Apuí Agroflorestal, foi selecionada entre as 100 principais startups de sustentabilidade do mundo para 2025 pela rede global WeMakeChange, que reconhece projetos de regeneração ambiental e fortalecimento de comunidades locais.

Na cidade de Apuí, AM, o plantio das novas lavouras foi finalizado dentro do projeto que integra sistemas agroflorestais com a espécie Coffeacanephora (conilon), utilizando a genética dos Robustas Amazônicos, conhecida pela resistência e qualidade, e prevê aumento da renda da agricultura familiar por meio da produção do café Robusta, com potencial de crescimento de até 70%.

“O trabalho foca no aumento da produtividade e na melhoria da qualidade da bebida, com manejo técnico e colheita cuidadosa. O sistema agroflorestal contribui para a sustentabilidade ambiental e para o retorno econômico dos agricultores”, explica Poliana Perrut, engenheira agrônoma e consultora, à Revista Attalea de Agronegócios.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: MawellPolimanti– Guima Café

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *