Resíduos

Varejo mostra que economia circular e rotulagem inteligente podem reduzir desperdício alimentar

Varejo mostra que economia circular e rotulagem inteligente podem reduzir desperdício alimentar - Fitec Tec News

A Fundação Ellen MacArthur em parceria com o Sustainable Food Trust realizou recentemente mais uma edição do desafio global ‘O Grande Redesenho de Alimentos’, que tem em seu escopo convidar empresas, incluindo as de varejo, de todo o mundo a criar ou redesenhar produtos alimentícios usando os princípios da economia circular e rotulagem, com o intuito de regenerar a natureza.

No Brasil, os itens estão disponíveis no Grupo Carrefour Brasil e Quitanda, identificados com o selo “Aliado da Natureza”, que envolvem cafés, cacau em pó, leite de castanha, cereal proteico à base de biomassa de aveia, chocolate de mel de cacau, e o blend proteico em pó com ingredientes da floresta amazônica, como o bacuri, taperebá e a castanha-do-Brasil.

Varejo mais sustentável

“As empresas de alimentos mostraram que é possível criar produtos que ajudam a natureza a prosperar. Ao comercializar esses produtos nas suas lojas, o varejo começa a mostrar que é possível colocar a economia circular no dia a dia das pessoas e, com isso, as escolhas dos consumidores e o dinheiro gasto no ato de consumir alimentos pode, de fato, ter um impacto positivo na natureza”, salienta Luisa Santiago, diretora executiva para a Fundação Ellen MacArthur na América Latina.

Ao todo, foram desenvolvidos 141 produtos por 57 empresas, em 12 países. Aqui, 11 empresas chegaram à fase final da jornada, com 23 produtos criados.

Outro ponto importante nessa jornada sustentável está na rotulagem, haja vista que, por muitas vezes, itens são jogados fora por conta da não verificação do prazo de validade, por exemplo. Para se ter uma noção, um relatório divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente mostrou que o mundo desperdiçou mais de 1 bilhão de toneladas de alimentos em 2022, em setores como varejo, serviços e residências.

A adoção de premissas utilizadas, por exemplo, no ramo de restaurantes, como a sigla FIFO (do inglês para “First In, First Out”), ou seja, “o primeiro que entra é o primeiro que sai”, prioriza o consumo ou a venda de itens mais antigos do estoque antes dos mais novos, mitigando prejuízos.

Em artigo para a Forbes, Amanda Poldi, nutricionista, mestre em educação e líder nesse tema, argumenta que a rotulagem, especialmente sobre datas de validade, pode representar uma ferramenta importante nesse esforço.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação / Fundação Ellen MacArthur / Sherlock Communications

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