Uma pesquisa recente da Embrapa revela que Minas Gerais, Bahia e Goiás são os estados com as maiores áreas de lavouras irrigadas do país, utilizando métodos inovadores como os pivôs centrais, passando de 1,92 milhão de hectares, em 2022, para 2,2 milhões de hectares em 2024 irrigados. Atualmente, a ascensão de inovações hídricas nas lavouras se dá pela utilização de geomembranas.
Segundo Daniel Guimarães, pesquisador da área de Agrometeorologia da Embrapa Milho e Sorgo, em MG, um dos autores do estudo, que contou com a participação da pesquisadora Elena Charlotte Landau, da área de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, esse crescimento está relacionado às condições topográficas, facilidades de implantação nos empreendimentos, armazenamento da água de irrigação em tanques de geomembranas. “Os dados de hoje revelam um crescimento em áreas irrigadas acima de 14% em apenas dois anos, comprovando a dinâmica do setor”, destaca o estudioso, à Agência GOV.
Geomembranas
Como citado, um dos destaques para a ascensão de inovações hídricas nas lavouras se dá pela utilização de geomembranas. A Lonax – Indústria Brasileira de Lonas, fornecedora desse material, além de lonas plásticas e silobolsas, observa resultados exitosos na expansão do uso de reservatórios e sistemas de irrigação nas lavouras da região conhecida por Matopiba (polo agrícola situado na confluência dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do Oeste da Bahia, consideradas grandes produtoras de grãos, especialmente nas culturas como a soja e o milho, ao assegurar um fornecimento contínuo de água.
Segundo a empresa, as vendas de geomembranas aumentaram em 22% no primeiro quadrimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado.“Os produtores rurais são muito dependentes das chuvas e suscetíveis aos impactos das estiagens. Ao contar com esse sistema, é como se tivessem em suas mãos o poder de fazer chover em suas propriedades”, explica Pollyanna Penido, diretora Comercial na Lonax.
O uso tem a capacidade de mitigar a dependência da sazonalidade das chuvas, considerada uma vantagem considerável, diante dos padrões irregulares de precipitação provocados pelas mudanças climáticas. “Contando com segurança hídrica, o produtor dispõe de maior economia operacional e previsibilidade produtiva”, acrescenta a gestora.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: divulgação
