Sustentabilidade

Iniciativa Brasil-FAO fomentam futuro alimentar sustentável na América Latina

Iniciativa Brasil-FAO fomentam futuro alimentar sustentável na América Latina - Fitec Tec News

O Brasil figura entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo, conforme revelado por um recente estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) e, de acordo com o levantamento do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), o desperdício de alimentos é responsável por 8% a 10% da emissão global de gases de efeito estufa.

Para sanar tal demanda, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o governo do Brasil, representado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), lançaram o projeto “Fortalecimento da Agenda Regional de Sistemas Alimentares para o Contínuo Urbano-Rural na América Latina e no Caribe”, no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO.

A atividade, realizada em maio, em Lima, Peru, durante o Fórum Internacional de Sistemas Agroalimentares Urbanos, reuniu equipes nacionais e subnacionais de sete países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba e Peru) para criar um espaço de intercâmbio e cooperação entre os atores envolvidos na sustentabilidade e transformação dos sistemas alimentares no contínuo urbano-rural.

“Estima-se que 81% da população vive em áreas urbanas, o que representa um desafio para o acesso a alimentos saudáveis, assim como para a inclusão da agricultura familiar nas cadeias de valor. Nesse sentido, transformar os sistemas agroalimentares é essencial para garantir acesso equitativo esses alimentos. Para isso, são necessárias políticas integradas que conectem o campo e a cidade”, destaca João Intini, oficial de Políticas e Sistemas Alimentares da FAO.

Mulheres agricultoras no Brasil

As ações da agricultura familiar, que tem em suas lideranças principalmente as mulheres, estão impulsionando negócios em prol do meio ambiente. Segundo dados do Banco do Nordeste (BNB), número de mulheres acessando linhas de crédito aumentou 26,6%, passando de 33.696 em 2023 para 42.661 em 2024.

Os desembolsos ultrapassaram R$ 522 milhões, um salto importante em relação aos R$ 315 milhões de 2023.”Percebemos que as mulheres estão liderando os negócios familiares, o que é excelente para promover autonomia e independência”,frisa Hugo Luiz de Queiroz, superintendente do BNB em Pernambuco, ao NE10.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: FAO/Samuel Macedo

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