Resíduos

Reaproveitamento transforma resíduos para utilização em construções sustentáveis

Reaproveitamento transforma resíduos para utilização em construções sustentáveis - Fitec Tec News

Imagine morar em uma casa feita 100% de resíduos, como plástico e alumínio? Pois essa inovação já é uma realidade, apresentada durante a Bienal do Lixo, evento ocorrido neste mês no Parque Villa Lobos, SP. O reaproveitamento dos resíduos foi um dos focos da mostra.

Chamada de Casa do Futuro, a construção de 80m² foi desenvolvida pela Fuplastic, indústria brasileira especializada em soluções construtivas inteligentes e sustentáveis, construída com 5 mil blocos plásticos, que equivalem a 2,5 toneladas de resíduos retirados da natureza. Já seus ambientes internos são mobiliados e o público durante o evento pode interagir com painéis informativos sobre o método construtivo, em visitas mediadas.

A instalação conta ainda com elementos visuais como flakes (pequenos flocos de PET) e tampinhas em acrílico também compõem a instalação, aproximando as pessoas do universo da reciclagem de forma lúdica e educativa. “O resíduo, quando valorizado com tecnologia e design, pode se tornar um recurso nobre para a construção. Mais do que uma instalação, a Casa do Futuro é um instrumento de educação ambiental e de influência positiva, tanto para o público quanto para o mercado, apontando caminhos reais para um futuro mais sustentável”, conta Bruno Frederico, CEO da Fuplastic.

 

Reaproveitamento em ascensão

 

De acordo com um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), Modelagem de Informação da Construção (BIM, sigla em inglês) e automação estão no radar da transformação de obras em projetos mais inteligentes e sustentáveis. A busca por certificações ambientais, como LEED e AQUA-HQE, também estão em crescente procura, reforçando a responsabilidade ambiental como um novo padrão do mercado.

Para Thiago Santana de Souza, CEO da T&T Imóveis, a construção sustentável já não é tendência: é um caminho sem volta. “Desde o primeiro imóvel que construímos, eu percebi que a sustentabilidade seria um pilar essencial. É bom para a cidade, para o meio ambiente e para o negócio. Implementamos o uso de energia solar fotovoltaica, tijolos ecológicos, menor uso de aço e madeira, e processos construtivos mais limpos.A construção não gera apenas empregos, mas também receita para o município, com o pagamento de IPTU, alvarás e a valorização dos bairros onde atuamos”, explica, ao Terra.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto:Divulgação – Bienal do Lixo

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