Princípios ESG

Pesquisas apontam melhorias em organizações que publicam relatórios de sustentabilidade

Pesquisas apontam melhorias em organizações que publicam relatórios de sustentabilidade - Fitec Tec News

Já se tornou uma rotina quando o assunto é ESG: empresas que investem nesse conceito, consequentemente, elaboram e divulgam seus relatórios de sustentabilidade, não apenas para avisar os stakeholders, mas também demonstrar ao público essas ações, e, consequentemente, aprimorar sua reputação. Um bom sinal são as melhorias que elas atestam com essas condutas ambientais, sociais e de governança.

E no Brasil essa premissa está em crescimento: segundo pesquisa da consultoria internacional KPMG (2024), as corporações brasileiras avançaram na divulgação de práticas de sustentabilidade em relação a outros países, do 27º para o 19º lugar, entre os mais transparentes (93%) em informações ESG, ao lado do Chile (96%). O avanço coloca ainda o Brasil à frente de países como Nova Zelândia (92%), Portugal (91%), Paquistão (90%) e Suíça (90%), além de empatar com Noruega e Itália, que também alcançaram a marca de 93%.

 

Em busca de melhorias

 

Na outra ponta, a qualidade das informações abertas é um desafio que ainda precisa ser enfrentado, informa a consultoria. Para Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG para a KPMG nas Américas, esses documentos são boas ferramentas para mostrar o que as empresas e líderes estão fazendo, mas ressalva que isso é somente uma consequência de um trabalho. “É preciso que esses relatórios sejam apoiados por sistemas de gestão e governança robustos para garantir que as informações divulgadas realmente reflitam a realidade das empresas. Só assim, conseguirão lidar com os riscos e oportunidades que surgem neste novo cenário global”, diz.

A pesquisa, realizada há duas décadas bienalmente, avalia as 100 maiores companhias de cada um dos 58 países que compõem o escopo do estudo.

 

Traçando panoramas

 

Uma das empresas que divulgou recentemente o seu Relatório Anual Global foi a Scania, fabricante de veículos comerciais. É considerada a primeira a ter suas metas globais aprovadas pelo Science Based Targets Initiative (SBTi), definindo a redução em 50% das emissões diretas das operações do grupo até 2025, com foco nos escopos 1 (emissões próprias) e 2 (emissões da energia adquirida) e em 20% nas emissões indiretas, ou seja, ônibus e caminhões produzidos pela empresa que transitam nas mãos de terceiros (escopo 3), no período de 2015 a 2025.

Fazendo uma retrospectiva e traçando panoramas, a companhia desde 2016 desenvolveu uma nova geração de caminhões e utiliza em suas operações a eficiência energética, digitalização e introdução de veículos movidos a combustíveis renováveis e elétricos, como a jornada estratégica para descarbonizar o ecossistema de transporte e logística.

“Vamos fechar a década da ação (2015 a 2025) com conquistas importantes e o compromisso renovado de seguir liderando a transição para um modelo de transporte mais limpo, eficiente e responsável”, frisa Christopher Podgorski, CEO e presidente da Operação Industrial da Scania para América Latina.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: Freepik

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