Jornada de Descarbonização. Este é o nome da ação desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em São Paulo (SENAI-SP) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP), lançada recentemente e consiste em realizar consultorias e projetos estruturados em seis etapas, que visam à redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE): diagnóstico, gestão de dados, inventário de GEE, otimização de processos, plano de redução e implementação.
O momento global por atividades mais resilientes é evidente: até 2035, o Brasil se compromete a reduzir as emissões entre 59% e 67% em relação a 2005, conforme sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) na COP29. Já em São Paulo, o objetivo é alcançar a neutralidade de carbono até 2050, de acordo com o compromisso firmado na campanha Raceto Zero, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Voltado a todos os tipos de indústrias e gratuita, essa trilha é destinada aos com faturamento anual bruto de até R$ 8 milhões, e conta com plataforma online de cursos, acessada neste link.
Sorocaba na Jornada da Descarbonização
A cidade de Sorocaba recebeu em abril uma das etapas, que contou com 120 empresários no auditório do SENAI regional para palestras e rodas de conversa, bem como conhecer cases de sucesso e as mudanças positivas promovidas pela aplicabilidade da Jornada de Descarbonização.
Uma das falas foi sobre marcos regulatórios e competitividade. Para Ricardo Terra, diretor regional do SENAI-SP, o país está em vantagem frente a outras nações. “Questões regulatórias estão postas. Deixamos de ter apenas barreiras alfandegárias para também termos as barreiras de efeito estufa;também temos as questões mercadológicas. Há uma pressão social para redução de emissões e as empresas de capital aberto já estão sentindo a mudança, impactando também na cadeia de fornecedores. O dilema é: como as empresas de menor porte vão conseguir participar dessa mudança? Por isso que estruturamos a Jornada”, comenta.
Unidade móvel
Além as consultorias, a ação estaciona nas regiões onde realiza atividades presenciais a Escola Móvel de Economia Circular do SENAI-SP, com foco em capacitar e levar conhecimento sobre o tema.Os visitantes têm a oportunidade de participar de uma aula imersiva sobre os principais conceitos da economia circular, propondo uma reflexão sobre como repensar produtos e serviços em seus negócios em consonância com o conceito ESG, desde o projeto até a revisão de modelos.
“Vivemos um momento em que os países estão intensificando os esforços para mitigar as emissões de gases para atender aos acordos internacionais e rumo a economia de baixo carbono. Devemos utilizar as ferramentas disponíveis para acompanhar as tendências mundiais e tornar a indústria paulista cada vez mais competitiva”, destaca Paulo Henrique Schoueri, diretor titular do Departamento de Desenvolvimento Intersindical e vice-presidente da Fiesp.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Fotos: Camilla Carvalho – FIESP/SESI/SENAI/CIESP/CCF
