Mudanças Climáticas

Mudanças climáticas impactam na saúde mental de jovens e trabalhadores. Veja como enfrentar esse desafio

Mudanças climáticas impactam na saúde mental de jovens e trabalhadores. Veja como enfrentar esse desafio - Fitec Tec News

Com a COP30 marcada para acontecer em Belém, no Pará, de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2025, o Brasil enfrenta a urgência de ações claras para mitigar os impactos do aquecimento global, incluindo investimentos em alternativas sustentáveis e a cessação do uso de combustíveis fósseis. Em 2024, o país registrou eventos extremos, como a maior enchente da história no Rio Grande do Sul, que afetou 2,4 milhões de pessoas, e incêndios florestais que destruíram 30,86 milhões de hectares.  Os desastres climáticos aumentaram 250% nos últimos quatro anos, impactando não só a infraestrutura, mas também a saúde emocional da população.

“As mudanças climáticas afetam a saúde mental, gerando estresse e uma crescente sensação de insegurança”, afirma Erica Siu, CEO da Caliandra Saúde Mental.

 

Como o calor extremo afeta a saúde o o bem-estar emocional?

 

A especialista destaca que a sensação de impotência diante das catástrofes naturais e extremos climáticos  atinge fortemente jovens e trabalhadores. “Nos ambientes de trabalho, por exemplo, o calor extremo pode reduzir a produtividade, aumentar os níveis de irritabilidade e prejudicar a capacidade de concentração dos colaboradores. A combinação de estresse térmico e a pressão por resultados pode  agravar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão”, alerta.

Para os jovens, o calor excessivo tem impactos significativos na qualidade do sono e no aumento da ansiedade, fatores que dificultam o rendimento acadêmico e social. Erica enfatiza que eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, geram uma sensação constante de insegurança, afetando especialmente as novas gerações. “Os jovens estão cada vez mais conscientes dos desafios ambientais, com acesso a muitas informações, e podem desenvolver eco ansiedade, um estado de preocupação intensa com o futuro do planeta”, pontua.

 

Estratégias para enfrentar o problema

 

Para lidar com a questão, é essencial que as autoridades públicas, as empresas e as instituições de ensino adotem medidas eficazes para minimizar os efeitos na saúde da população.

“Além de proporcionar ambientes físicos mais confortáveis, com espaços climatizados e ventilados, é fundamental que as organizações implementem programas e estabeleçam estratégias de apoio psicológico. Oferecer suporte emocional e informações sobre como lidar com o estresse térmico pode fazer toda a diferença”, destaca.

Como minimizar os impactos?

  • Mantenha-se hidratado e em locais frescos sempre que possível;
  • Praticar técnicas de relaxamento, como respiração profunda e mindfulness;
  • Estabelecer rotinas de sono para minimizar os efeitos da insônia;
  • Buscar apoio emocional e profissional caso os sintomas afetem a qualidade de vida.

A especialista reforça a importância de campanhas educativas sobre os efeitos psicológicos das mudanças climáticas, além de investimentos em soluções sustentáveis para mitigar os impactos do aquecimento global.

“Proteger a saúde mental deve ser uma responsabilidade coletiva. O aumento das ondas de calor exige soluções práticas e sustentáveis, garantindo a qualidade de vida da população a longo prazo”, conclui.

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