Água e efluentes

Dia Mundial da Água: estudo revela o alarmante desperdício no país

Dia Mundial da Água estudo revela o alarmante desperdício no país - Fitec Tec News

Uma pesquisa do Instituto Trata Brasil (ITB) descortina uma triste realidade quando assunto é água: com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o estudo relevou que a água potável perdida em diversas operações abasteceria toda população do Rio Grande do Sul, ou seja 10,6 milhões de pessoas, por no mínimo cinco anos. Fazendo um recorte, a região Norte lidera o desperdício com 46,94%, seguido do Nordeste com 46,67% e o Sudeste tem a menor taxa de falha nas operações, com 33,90%.

O 22 de março lembra o Dia Mundial da Água, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) justamente com o objetivo de conscientizar a população a respeito desse recurso, nos leva à reflexão ao reportar que ao menos 4,5 bilhões de pessoas não dispõem de saneamento seguro e 2,1 bilhões de habitantes no mundo não têm acesso à água potável em suas casas.

 

Combate ao desperdício

 

O combate ao desperdício de água perpassa a um conceito muito importante: a educação e iniciativas são essenciais para a preservação desse recurso essencial, literalmente. Para Yuri Verçosa, CEO e fundador da Foz Sustentável, empresa de projetos de sustentabilidade lucrativos sobre o problema do desperdício de água no Brasil, repensar o consumo da água aliada à tecnologia é o diferencial.

“Adotando boas práticas como fechar as torneiras sempre após o uso, além de ser processo simples, no final faz a diferença. Um sistema de controle hídrico, por exemplo, usa Inteligência Artificial (IA)para checar o consumo com mais precisão. Já as inspeções periódicas com a instalação de monitoramento remoto detectam vazamentos antes que gerem prejuízo. Torneiras temporizadas, chuveiros inteligentes, sistema em descargas de caixas acopladas e bloqueadores de ar, são dispositivos que ajustam automaticamente o fluxo de água para evitar desperdícios e diminuir significativamente as contas de água”, frisa o gestor.

 

Campanhas educativas

 

As organizações também realizam campanhas educativas com esse propósito. As empresas Águas de Camboriú, Águas de Bombinhas, Águas de Penha, Águas de São Francisco do Sul e Águas de Palhoça contam com um robusto sistema de monitoramento, cuja média de perdas gira em torno de 17,6%, número abaixo da média nacional (38% segundo a Trata Brasil). Mantidas pela Aegea em Santa Catarina, realizam uma série de atividades socioambientais, como mutirão de limpeza, instalação de ecopontos de coleta de óleo em escolas e o Portas Abertas, em que estudantes conhecem as atividades dessas operações.

“Nossa atuação em atividades socioambientais reforçam o compromisso com o desenvolvimento da região. É também um momento oportuno para pensar nos cuidados com os rios, fundamentais para o abastecimento e a manutenção econômica e turística”, completa Reginalva Mureb, presidente da Aegea.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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