Um levantamento da International Solid Waste Association, associação voltada ao desenvolvimento sustentável, apontou um dado alarmante: no Brasil, apenas 4% dos resíduos sólidos recicláveis passam efetivamente nesse processo, número com índice abaixo de países com renda e desenvolvimento econômico semelhantes, como Chile, Argentina e Turquia, que alcançam uma média de 16% de reciclagem. Um dos grandes passos para esse impulso está nos bancos das escolas.
Apoio das escolas
Para Paulo Chagas Dalcheco, orientador educacional dos Anos Finais do Ensino Fundamental na Escola Lourenço Castanho, no contexto educacional, a economia circular e o consumo consciente só são viáveis com a participação coletiva da comunidade escolar e da sociedade.
“O engajamento nasce de dentro para fora, ou seja, somente a partir do momento em que os alunos, familiares e professores se dão conta de seu papel na produção de resíduos sólidos é que estão prontos para praticar e promover práticas sustentáveis e responsáveis. É fundamental que os professores também estejam sempre atualizados, procurando se informar sobre ações realizadas por outros educadores e cursos de formação na área”, destaca Dalcheco, que é mestre em Linguagem e Educação pela Universidade de São Paulo (USP).
Tecnologia
Uma grande aliada nesse processo educacional é o uso da tecnologia. O ABREE pra Educação”, plataforma educacional desenvolvida pela Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, conta com conteúdo de linguagem acessível sobre o descarte correto e reciclagem dos equipamentos, além de diversas atividades interativas, como quizzes, adesivos e brincadeiras.
“Acreditamos que a educação ambiental é fundamental para formar adultos responsáveis e capazes de promover saúde, criatividade e respeito aos recursos naturais. Por isso, convidamos familiares, educadores e responsáveis a explorar nossos materiais e compartilhá-los com crianças e adolescentes, para juntos construirmos um futuro mais sustentável e consciente”, destaca Robson Esteves, Diretor-Presidente da ABREE, ao Ciclo Vivo.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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