Antes a higienização dos carros se resumia a fazê-la em dias chuvosos, para aproveitar a água (uma atitude ecológica, diga-se) e isso só acontecia quando escrevia-se no “vidro” do veículo a frase “lava-me, por favor”.
Hoje, a chamada estética automotiva cresce: segundo a consultoria Grand ViewResearch, o mercado desses produtos está avaliado em US$ 10,36 bilhões e a previsão é de um crescimento anual de 4,3% até 2028. Contudo, essa busca por deixar a “caranga” bonita não deixa de lado a sustentabilidade.
A procura por limpeza ecológica veicular também está em ascensão e não é para menos: de acordo com uma estimativa realizada pela Wash Me, startup especializada em gestão de lavagem ecológica e estética automotiva para frotas, a média é de duas limpezas por mês. Isso significa, nacionalmente, mais de 2.7 bilhões de lavagens por ano. Trata-se de um uso intensivo de água, visto que cada limpeza pode gastar de 200 a 300 litros.
Higienização mais ecológica
A WashMe, para tanto, projetou o quanto poderia ser economizado com a aplicação da lavagem ecológica, a partir de uma técnica que utiliza apenas um copo de 250 ml de água. Trata-se de uma economia quase total por processo. Assim, realizando cerca de 24 lavagens por ano, cada veículo gasta 6 mil litros de água durante este período.
“O custo do produto para lavagem ecológica é muito similar aos tradicionais. Porém, o cliente costuma ter a percepção de que a lavagem a seco é mais cara ou não é tão eficiente quanto utilizar água em abundância”, aponta Fernanda Lagrotta, Head de Marketing da startup.
Uma boa prática é da concessionária Águas do Paraíba, uma empresa do Grupo Águas do Brasil, que recentemente foi agraciada, na categoria “Água e Efluentes”, do Prêmio Firjan de Sustentabilidade 2024, em reconhecimento ao seu projeto Gestão Sustentável de Frotas.
Para a limpeza dos veículos, a concessionária utiliza apenas 400 ml de água por carro, o que representa uma economia mensal de 18 mil litros. Houve também uma eliminação total do uso de produtos químicos utilizados, preservando ainda mais o meio ambiente. “Os resultados foram notáveis: as inspeções aumentaram em 78% e a autonomia da frota melhorou em 3%, contribuindo para a diminuição da poluição”, informa nota.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Freepik
