Sustentabilidade

Iniciativas tornam pastagens em áreas produtivas

Iniciativas tornam pastagens em áreas produtivas - Fitec Tec News

Já falamos aqui no Portal TECNEWS que são essenciais o manejo e a recuperação de áreas degradadas, como o cultivo de palma em regiões amazônicas. Outro desafio são as pastagens e os números assustam: dados recentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que 28 milhões de hectares de pastagens estão degradadas em níveis intermediários e severos, com destaque para os estados de Mato Grosso (5,1 milhões de hectares), Goiás (4,7 mi/ha), Mato Grosso do Sul (4,3 mi/ha), Minas Gerais (4,0 mi/ha) e Pará (2,1 mi/ha).

Outro dado, do Boston Consulting Group (BCG), em conjunto com o WWF-Brasil e IFACC (InnovativeFinance for Amazon, Cerrado and Chaco), aponta que o Brasil desempenha um papel crucial no atendimento da demanda global por alimentos, tem expectativa de crescimento de 50% até 2050.

“Conseguir isso envolve intensificar os modelos de produção e otimizar o uso de terras já desmatadas”, pondera Fabiana Reganati, project leader do BCG. “Atualmente, as pastagens degradadas do Brasil são subutilizadas ou operam muito abaixo de sua capacidade produtiva potencial. Porém, com o investimento adequado, é tecnicamente possível recuperá-las e devolvê-las à produção ou aumentar sua utilização”, frisa a especialista, em entrevista ao WWF-Brasil.

 

Potencialidade

 

Diante desse cenário, o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) se destaca como uma estratégia sustentável e eficaz para a recuperação, conforme explica Marina Lima, zootecnista, técnica de sementes e sustentabilidade da Sementes Oeste Paulista (Soesp).”A rotação de culturas agrícolas, pastagens e a introdução de árvores no sistema preserva a saúde do solo através da maior biodiversidade; aumenta a ciclagem de nutrientes e a matéria orgânica; combate a erosão, além de reduzir a temperatura do solo, contribuindo com a redução do déficit hídrico das plantas”, salienta.

Lima ainda destaca que as árvores promovem conforto térmico e o bem-estar dos animais, além de favorecer o balanço de carbono na produção dos bovinos. “A diversificação das atividades reduz o risco econômico diante de variáveis climáticas e de mercado, aproveitamento da madeira, energia e fibras provenientes de florestas plantadas, criando novas fontes de renda para os produtores rurais”, cita.

A empresa desenvolveu a tecnologia Soesp Advanced,que auxilia no plantio e estabelecimento dos pastos, adequando-se ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Segundo da rede ILPF, o Brasil já possui mais de 17 milhões de hectares sob esse sistema, com a meta de dobrar essa área até 2030.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto:divulgaçãoSoesp

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