A recuperação de áreas florestais degradadas na Amazônia é de extrema importância não apenas para uma localidade em si, mas na melhoria plena de todo o território, já que a preservação ambiental reverbera a todos holisticamente – fauna, flora, pessoas.
Um exemplo é a da o Grupo BBF (Brasil BioFuels), que atua com o cultivo sustentável da palma de óleo, que atualmente possui 25 usinas termelétricas em operação na região Norte, operando com biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda desse vegetal, o que contribui para a descarbonização local. Atualmente, mais de 140 mil moradores das chamadas localidades isoladas da Amazônia são beneficiados.
O cultivo sustentável da palma realizado pela empresa ainda captura cerca de 800 mil toneladas de carbono anualmente, sendo 729 mil toneladas no Pará e 71 mil toneladas em Roraima. “Protegemos mais de 60 mil hectares de Áreas de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP), que estocam anualmente cerca de 26,6 milhões de toneladas de carbono no Pará e 3,1 milhões toneladas de carbono em Roraima”, afirmaMilton Steagall, CEO do Grupo BBF.
Regramento para evitar áreas degradadas
A planta, segundo a entidade que atua no setor, dá origem ao óleo vegetal mais consumido no mundo e tem papel fundamental na transição energética pelo seu poder de produção de biocombustíveis e geração de energia renovável para áreas isoladas na região Norte do Brasil.
Segundo informações, o Brasil tem uma das legislações mais severas do mundo para o cultivo sustentável de palma, proibindo a derrubada de floresta nativa para o seu plantio. Por meio do Decreto Federal 7.172/2010, estabeleceu-se que esse cultivo somente pode ser feito em áreas que foram degradadas até 2007.
A partir de trabalho conduzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram identificados mais de 31 milhões de hectares aptos ao cultivo da planta na região.Foram recuperados 200 mil hectares, sendo 75 mil deles cultivados pelo Grupo BBF no Pará e em Roraima.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: divulgação
