Sabemos o quão é fundamental o papel das companhias em prol do meio ambiente e isso demanda soluções céleres e efetivas. E na indústria de laticínios isso não é diferente, haja vista que os consumidores também buscam por alimentos que sejam sustentáveis, respeitem o bem-estar animal e que não impactem negativamente o meio ambiente em toda a cadeia produtiva.
Laticínios mais sustentáveis
Para Paulo Martins, pesquisador e assessor da Presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), essa questão é central nas tendências de mercado. “Levantamentos feitos pela Embrapa e universidades brasileiras demonstram que a atividade leiteira pode mitigar efeitos por meio de práticas inovadoras e sustentáveis, como o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta, que é facilitado pelo ambiente tropical brasileiro. Além disso, há esforços contínuos para minimizar a produção de gases no rúmen dos animais, com a introdução de produtos específicos que são importantes para essa redução”, aponta.
O especialista, ao site O Presente Rural, destaca que regulamentações e políticas governamentais devem exercer um papel relevante: “O setor privado, especialmente os laticínios, deve estimular a adoção de tecnologias mitigadoras de impactos ambientais. Por outro lado, o poder público, em suas diversas esferas, precisa fornecer infraestrutura básica como água e estradas, essenciais para a produção agrícola”, endossa.
Tratamento de águas e efluentes
Conhecida por sua tradição no segmento de laticínios, a Mococa, sua Estação de Tratamento de Águas e Efluentes (ETAE), com investimento de R$7 milhões em modernização e tecnologia.
Presente em uma área de 43.900 m² e mais de 40 anos de operação, a revitalização da ETAE envolveu retrofit completo, com novas linhas de tratamento e sistemas de maquinário, o que inclui fases que tratamento abrangendo a remoção de matéria orgânica e gorduras, flotador compacto e processo avançado de polimento final com aglutinação de flocos biológicos, filtragem em areia e carvão ativado para garantir um efluente com qualidade superior à água bruta captada do rio.
“Essa reinauguração não apenas assegura o cumprimento das legislações vigentes, como também a nossa busca constante por inovações para melhorar a eficiência de nossos processos, assegurando a preservação do meio ambiente e impacto ao nosso entorno”, frisa Gisely Modesto, coordenadora de Sustentabilidade da Mococa.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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