Resíduos

Gestão de resíduos em aviões e aeroportos são destaque em auditorias

Gestão de resíduos em aviões e aeroportos são destaque em auditorias - Fitec Tec News

O verbo viajar é conjugado por muitas pessoas no planeta. E se for de avião, o número chega a ser estrondoso: para se ter uma noção, o Brasil fechou o primeiro quadrimestre de 2024 com alta de 7,4% no número de turistas internacionais em relação ao ano passado, com 2,92 milhões de visitantes, informa o Ministério do Turismo.

Imagine, portanto, quantos resíduos são gerados em um voo? Pensando nessa demanda, a Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) firmou parceria com o Fórum de Sustentabilidade da Aviação (ASF) para lançar, em setembro, a Auditoria de Composição de Resíduos de Cabine (CWCA) padronizada com a Plataforma de Auditoria de Composição de Resíduos de Cabine da ASF.

 

Resíduos dos aviões

Segundo informações, os primeiros testes foram feitos em 25 voos (de curta, média e longa distância) no Aeroporto de Changi, em Cingapura, entre novembro de 2023 e abril de 2024, por meio da metodologia adotada pela IATA. Os resultados mostraram que por ano foram geradas mais de 3 milhões de toneladas de resíduos de cabine e catering, sendo 65% de origem em alimentos e bebidas. Desses, 18% provém de refeições intocadas, ou seja, não consumidas.

Uma pesquisa anterior da IATA identificou a falta de uma metodologia padronizada com relação as auditorias de resíduos de cabine.“Gerenciar e reduzir o desperdício é importante para sustentabilidade na aviação. A obtenção de dados padronizados e comparáveis sobre a composição e a quantidade de resíduos dos voos ajudará o setor a reduzir o que gera”, aponta Marie Owens Thomsen, vice-presidente sênior de sustentabilidade e economista-chefe da IATA.

 

Exemplo

 

O aeroporto de Maceió (MCZ), AL, conquistou neste ano o primeiro lugar na categoria Sustentabilidade, de acordo com ranking da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Recebendo até recebem até cinco milhões de passageiros por ano, o local realizou diversas adaptações para melhor gestão ambiental, como canaletas nas laterais do pátio de aviação que levam materiais líquidos à caixas separadoras de água e óleo, bem como a modernização dos equipamentos da central de água gelada, utilizada para climatização.

“A premiação traz muita notoriedade às ações de sustentabilidade do setor aéreo, e vem se tornando cada vez mais criteriosa em relação às exigências, aos pesos e cobranças ao longo dos anos”, comenta Maurício Martin de Moura, gerente de Qualidade e Meio Ambiente da Aena Brasil, concessionária que administra o aeroporto (MCZ), ao Aero Magazine.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: Keli Vasconcelos

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *