Os ônibus elétricos, também chamados de e-buses, já são uma realidade no Brasil, fazendo parte do transporte público em diversos municípios. Em Curitiba, PR, a chinesa BYD entregou recentemente seis veículos, sendo os primeiros elétricos de piso baixo, totalmente acessíveis, que entrarão em circulação na cidade.
“Curitiba mais uma vez dá um enorme passo para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida da população dando início à eletrificação da frota. Os ônibus da BYD foram aprovados em testes e os moradores da cidade vão contar com o que há de mais moderno, sustentável e com conforto”, explica Bruno Paiva, diretor da divisão de ônibus da BYD, ao InsideDevs.
Já Salvador, BA, que possui a terceira maior frota no país, tem a ambiciosa meta de até 2049, quando completa 500 anos de fundação, não contar mais com veículos poluentes atendendo o transporte público.“A maior parte dos gases emitidos na cidade vem da frota de ônibus: são 58,3%, as outras fatias são de resíduos (21,3%) e da matriz energética (20,4%). Estamos enfrentando eventos climáticos extremos e chegamos a uma zona que não é mais de conforto. Precisamos começar a mitigar esses efeitos”, frisa Diogo Pires, diretor de Planejamento de Transportes da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob).
Fabricação dos e-buses
Para concorrer com as chinesas, a Scania desenvolveu um ônibus elétrico com componentes são integralmente fabricados na Suécia, sede da fabricante. A bateria, por exemplo, foi produzida na cidade de Södertälje em uma joint-venture com a gigante do setor Northvolt. “Nossos veículos vão emitir 90% menos dióxido de carbono em relação aos concorrentes, pois nossa bateria é `verde´ e possui procedência de sustentabilidade em todo o processo produtivo”, destaca Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil, ao site 1 Papo Reto.
Em terras brasileiras, aliás, as instalações de São Bernardo do Campo, SP, começam em março de 2025 a produção dos veículos, cuja tecnologia é a mesma empregada nas fábricas da Suécia e da Polônia, países nos quais o e-bus já fazem parte das frotas urbanas. “O ônibus que rodará no Brasil já será o da terceira geração do projeto, pois tivemos de fazer inúmeros ajustes para adequarmos às necessidades dos clientes locais, além de nos diferenciarmos da concorrência”, frisa Gallao.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: divulgação
