Todos os dias, milhares de motocicletas saem pelas ruas da cidade para as mais diversas funções e destinos. E a manutenção periódica desse modal é importante também para a sustentabilidade. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o Brasil conta com uma frota de 13 milhões de motos.
Fazendo as contas, a troca do óleo lubrificante desses motores, que deve ser realizada de forma regular, pode gerar um consumo de 132 de milhões de litros do produto anualmente. O chamado Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) é considerado um resíduo Perigoso Classe I, segundo a NBR-10004, de acordo com as resoluções Conama 362/2005(recepcionada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) e Decreto Federal n. 7.404/2010) e da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) n. 19 e 20, ambas de 2009 e Lei do Petróleo (Lei n. 9.478/1997).
Óleo lubrificante – Oluc
É determinado por esses regramentos que todo OLUC deve ser coletado “nas fontes geradoras como postos de combustíveis, oficinas, super trocas de óleos e indústrias, e destinado para a reciclagem através do rerrefino, e proíbe taxativamente o uso do resíduo como combustível”.
Vale ressaltar que a ANP é a responsável por regular e fiscalizar as atividades de coleta, transporte e rerrefino desse óleo, além de punir o descumprimento de normas operacionais. Já a competência para fiscalizar aspectos ambientais é partilhada entre IBAMA e órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) nas esferas estadual e municipal.
Rerrefino
Como é, portanto, deve ser realizado esse rerrefino? Segundo Rodrigo Maia, da Lwart Soluções Ambientais, esse elemento é composto por uma grande parcela de óleo mineral, que recebe aditivos para melhoria do seu desempenho. Já o óleo mineral presente na composição não se degrada durante o uso em máquinas e motores. Após a coleta, o óleo lubrificante usado passa pelo rerrefino, para voltar a ser uma composição básica, sendo a matéria-prima para produção de lubrificantes.
“O conjunto tecnológico de ponta que nossa empresa conta permite o aproveitamento de praticamente 100% do OLUC, transformando-o em óleo básico de alta performance, com qualidade igual ou superior ao produto de primeiro refino”, arremata.
De acordo com a empresa, esse óleo básico é destinado aos principais produtores que o aditivam para tornar novamente lubrificante, voltando mais uma vez para o mercado.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: divulgação
